terça-feira, 15 de julho de 2014







FICOU NO PASSADO!

 

Lá atrás, em meu passado,

ficou a lembrança do cajado,

das águas que se abriram,

de Ti, Senhor, meu doce amado,

quando curavas no deserto, por aí...

Eu estava lá e hoje volto do passado!

Na consciência, um anjo alado,

No sagrado feminino de Maria Madalena!

 

 
Godilinha - 10:11 - 22/06/2012














Arde...


Bom dia, um novo e enferruscado dia

abriu-se, após um sol lindo, que se fechou em palmas,

palmas das mãos, para o inverno que chega, pilchado de

branco, geando a plantação.

E aqui no galpão o fogo

consome a lenha,  que de amor prenha,

entrega-se ao delírio e arde

febril no fogão campeiro.



20/06/2012










Santo Antônio e o ar fresco!

 

Pedi, levei,

um pé no traseiro, tomei!

E dia dos namorados,

até Santo Antonio cantei,

mas não ganhei,

ele disse: sem refresco,

fica no sul onde é mais fresco!

Estou aqui, sem refresco, nem apreço!

 

Godila - 21:51 - 10/06/2012






Grão de areia!

 

Chora o pequeno grão,

a saudade do brilho no chão,

o sufoco da estrela mais linda,

o brilho cristal que não finda.

Chora solitário pequeno grão de areia,

que só tem por consolo a maré cheia!

 

godilinha - 20:30 - 31/05/2012








O Piscar do tempo

 

O tempo não dorme,

fecha um olho,

deixa o outro aberto,

pisca para a Lua,

fala verdades ao Sol

e mostra Deus a todos,

num só piscar todos os dias! 


Godilinha - 21:25 - 17/04/2012





Coração Ferido

 

E lá distante de Lemúria,

e muito tempo depois em Rá,

Um grande homem surgiria,

uma alma  linda, vinda de lá,

e ao perder-se na jornada,

sofreu, chorou, mais nada,

coração ferido, ainda aqui está,

a medir o tempo, o tempo de Rá!


Godilinha - 01:30 - 14/04/2012




Mar de Estrelas.

 

Lá no infinito, entre azuis,

onde céu e mar encontram-se,

dois amores eternos choram,

um por viver longe, num mar de estrelas,

outro, por viver profundo, com estrelas do mar!

 

Godilinha- - 23:37 - 13/04/2012
 





Invernia!


Deixou-se de lado a alegria,

pois no forte da ventania,

o frio fez morada eterna, a invernia!

 

Do tempo que escorre à revelia,

Da ampulheta, do livro da vida,

descrevo o nada, a nostalgica ida.

 

Descem em letras cascatáveis,

poemas à mão cheia indubitáveis,

de sonoridade efêmera à alma.

 

Do livro a poesia se fez ausente,

da rima ao trocadilho da mente,

sofre-se a ausência na invernia.

 

Humildes, o poeta e o frio descambam,

ao descampado silêncio do coração,

na última chamada da poesia-canção.

 

Do cimento à flor que gera anseio,

a tua pele macia ou te velho seio,

Nada impede a triste orvalhada...

 

E neste fundão de mundo se gera,

a mais tranquila e faminta megera

das noites frias do pago, ao vento pampeiro.

 

Mostra-se um enorme mesanino,

onde rabisca,a figura de um menino,

no velho livro que disfarça o ladino.

 

Somos todos poetas do anoitecer,

não do frio, não de noites a gemer

como o velho catavento no quintal.

 

Na orfandade do belo e do galanteio,

sofre o velho livro a ausência da letra,

a embelezar em claro e doce anseio!

 

Godilinha - 13:28 - 21/06/2012






Fantasma!

 

Como seria engraçado,

se eu pudesse voltar ao passado,

assombrar todo o mau olhado,

verter bônus de amor  aos namorados.

Beijar teu rosto sagrado,

Olhar na noite o orvalhado,

sonhar com a lua e os casados,

ver sem ser vista pelos amados.

Voltar ao passado e ver quem sou,

e fazer reboliço e trovar quem pousou

para as telas de Rembrandt ao vivo

e depois voltar ao mundo,

calçar meu sapato preto novo,

deitar e dormir um sono profundo,

acordar muito feliz noutro mundo,

assombrar apenas a mim, com o feito

sabendo que não se faz deste jeito,

a matreirice do fantasma perfeito.

 

Godilinha - 20 25 - 16/06/2012




Perdoar é fácil?!

 

Olhava pro céu de minh'alma

e perguntava de meus sentimentos,

por que todos estes tormentos...

 

Um portal então abriu-se,

uma imensa luz rósea clareou

e a doce mestra ao meu coração falou:

 

Menina, criança do Pai, perfuma-te,

resplandeça a luz que brilha em teu coração,

saiba que só não fenece que conhece o perdão.

 

Atônita questionei como perdoar o que não sei?!

E ela, suavemente, pousou sua mão sobre meu peito

E disse: é com amor incondicional e respeito...

 

Godilinha - 16:58 - 15/06/2012
 





Intencional!

 

E desço de minh'alma descalça,

busco na energia a fusão

e em meu espírito, a doce ilusão.

 

As coisas que acontecem,

a matéria que visto, merecem

toda a doçura que insisto...

 

Às vezes leve feito pluma,

paira feito branca espuma

que no mar rola em vai e vem.

 

Outras pesada feito chumbo

neste corpo me afundo,

até que se eleve da saudade.

 

Alma, estranha alma,

que fica neste sobe e desce,

trazendo o perfume que evanesce.

 

Se a intenção é aprender, faça!

Mas com doçura vê se rechaça,

este turbilhão de imagens que arrasa.

 

E o corpo,na alegria da alma,

traz do sonho a pureza do céu

da suave lembrança, ainda em véu!

 

Godila - 08:08 - 15/06/2012




Um alento!

 

Deixaste vazio o jardim,

Crisântemos, rosas, jasmins,

Na saudade de tua presença,

desfilaram sua inocência.

 

Borboletas rubro-negras,

desenharam voos no roseiral,

crepitante de ternura sem igual

tua faltasentiu-se até nas pedras.

 

Ainda o perfume do jardim penetra-me o coração!

Ainda a fonte deste alento macio está em mim!

 

Godilinha - 08:17 - 18/05/2012


Explicação!

 

Deixaste as flores ao sol,
num desdém quase convincente,
mostraste amor quase indescente.
Num requiém em bemol...

 

Num repente, juntaste as flores,
cobriste teu corpo seminu,
voltaste num novo alento de cores,
mas esqueceste-me sozinho, nu!

 
Hoje sei o que querias e sem mim farias melhor!

Hoje a tortura invade a alma sem explicação!


 
Godila - 08:08 - 18/05/2012
De
        
                estrelas 
                      
                                 e

                                            almas




sábado, 12 de julho de 2014

 

Senhor Tempo!

 

Esqueci de velejar pelos etéreos caminhos

Deixei de lhe amar na eternidade das horas

Fiquei fora de mim, de ti, de nossos mimos.

 

Sinto a dor de teu antigo sofrimento, qual o vento,

Que escorre pela minha fronte e alisa meus cabelos,

Sinto saudade de ti, sinto saudades de teu pensamento.

 

Assim como passam as horas na horizontalidade do tempo,

Passo meu tempo desperdiçando amor na eternidade da alma,

Suspiros meus elevo ao alto e registro no peito a falta de calma.

 

Senhor Tempo deixe que as horas vagueiem por minhas lembranças,

Que minutos escorram pelos dedos das mãos como areia no deserto,

que em meu peito singre este amor os mares de instantes cobertos.

 

O Tempo é sempre a meu favor, pois entre nós o amor erigiu seu templo,

e fora de nós dois, só a solidão ainda impera, na revolta das horas,

Só o castigo da saudade alongaria nossos momentos Tempo afora.

 

Ainda o manancial de luz flue em cascatas de belas energias,

revoltas entre nós, sem nos afastar um do outro, noite e dia,

Somos o Tempo e a Luz, a Paz e o Amor que fulguram na magia!

 

Godilinha - 13: 22 - 08/06/2012



Então...

É no mergulho, na escuridão,
que se acha o fundo poço,
que se queima toda a ação
e travado faço tudo o que posso.

Enquanto eu ali jazer inerte,
e as dores eu estiver curtindo,
numa luta imensa e num último flerte,
passo a história do subjugo findo.

Num salto para o alto a tênue tentativa,
de não gerar forças negativas às forças
e acreditar que em tudo há uma tratativa.

Volto-me então ao descarado descarte
de minhas tolas e fúteis ilusões,
alimentadas por atos na inútil vida, tão sem noções!

Godilinha


Estou

          para


                   dizer...



Que o universo consta na minha Paz!

Que o mundo verte azul em minh"alma,

Que em meu país há o sol Maior em tudo!

Que no Rio Grande do Sul o até mais puro,

Que em meu bairro há água de rio vibrando...

Que em minha casa a Paz flui ao redor,

Que meus amigos sentem-se felizes em meu Lar,

E há a certeza de que em tudo isto  Deus existe,

Que Deus é a Paz e o Amor que destilo!

Godilinha -
 




Ginga a Gira!

 

Queima a bela  gira,

que gira labaredas

em torno do amado.

 

Incandescente alma,

de amor perdida,

mulher marcada e ferida.

 

Levanta tua saia,

roda a tua gira,

exú de encruzilhada,

 

Faz tua ronda na esquina

deixa o furor da chama,

trazer ao seio quem ama.

 

Godilinha - 12:19 - 22/03/2012





Na estrada os versos...

 

Há éons que deixo pra trás,

a maioria de meus versos,

versos escuros, do mundo atrás,

quando ainda éramos sós.

 

Deixei para lá, aquém,

muito verso doido, fútil,

verso onde eu era ninguém,

onde a palavra não era útil.

 

Hoje sei que mesmo só, sou eu na essência!


 
Hoje sei que na essência sou bem mais pura!

 

Godila - 19:22 - 24/02/2012


Espelho!

 

Espelho em teus olhos

a mais bela de todas as telas,

pacífica,  aprisonada sob ferrolhos,

tua vibrante alma, da luz, centelha.

 

Sinais dos tempos que já lá se vão,

uma'alma misteriosa  e não liberta,

um'alma solitária presa à ilusão,

mesmo tendo por caminho, uma janela aberta.

 

A arte de viver convida, no leque da sabedoria,

que se tente, de toda a sorte, buscar-se uma saída,

numa única possibilidade espiiritual da vida.

 

Espelho de um espírito sofrido, solitário,

acompanha esta'lma distante e bela,

que não ousa deixar a jaula... ainda quer ser fera.

 

Godilinha - 08:13 - 20/02/2012
 

 
 
 
Amor verdadeiro

 

Amor de verdade,

não sofre por ciúmes,

não é egóico,

nem fútil,

nem só prazeiroso

 

amor de verdade,

compreende com doçura,

comparte com alegria,

reparte a cada dia,

envolve sem luxúria,

sem medo, nem fantasia

 

amor mesmo, de verdade,

é o que sinto por ti,

declino de ser tua estrada,

nem levo a tua como minha,

porém, convivo com teu caminho,

com tuas estrelas, mais as minhas.

 

Godila - 10:53 - 12/02/2012

 
 

 
 
 
 
Conceitos e preconceitos

 

Desde as primeiras palavras

o homem pré  conceituou,

A tudo que tinha de sua lavra,

e assim, em nome do homem, ficou...

 

E a tudo o Criador assistia:

viu o homem pensar que O desmentia,

sorriu dos conceitos que este emitia,

e por fim, deixou-o pensando que era assim...

 

Porém, após tanto arrazoar, suspirou Deus,

em seus ouvidos que o amor  fora concebido,

que deixasse o mental de lado e amasse,

 

mas o homem tão danado pensou ser Deus,

e explicou que tudo se deve ao seu mental

e o Criador deixou-lhe pensar que assim é, afinal!

 

Godila - 10:31 - 12/02/2012 



Livre-arbítrio

 

É assustador a lavagem cerebral,

que a matriz faz ao ser humano,

fá-lo temer a Deus no dual,

esquecer que a ilusão é um engano.

 

Que a realidade é ilusória,

que a verdade mesmo é espiritual,

que os sete pecados capitais não dão vitória

e que luxúria é a treva  pagã no carnaval.

 

O ser humano teme que seja castigado,

pelo pai que oportuniza seu livre-arbítrio,

não entende o mal que  faz a si próprio.

 

O Criador proporciona sempre vitória,

leve o tempo que levar para aprender,

este espírito de alma transitória...

 

Godila - 14:04 - 10/02/2012
 


 
 
 
A arte

 

Deus, Pai amoroso

fez do artista, mensageiro,

guardião da Luz, por inteiro.

 

Chama-o junto a si

e sussura-lhe ao ouvido,

o que precisa fazer por ser escolhido.

 

Escreva o que lhe dito,

na poesia com mira própria

ampare  e compartilhe sua cria...

 

E assim vão os artistas, poetas,

escritores, pintores, compositores

enviar mensagens de Deus a seus protetores.

 

A Luz se faz e ilumina,

a dor, a tristeza, o sofrimento

bem como o bom sentimento.

 

Godilinha - 12:55 - 10/02/2012




Di!


Ele era Diego, rei das cordas de aço

um sangue bom do pedaço,

ganhava as morenas na viola,

deitava e rolava sobre elas a fala.

 

No lero era o famoso Di, não Cavalcanti,

mas o melhor de todos os infantes

que ao dedilhar as cordas pintou na área,

um Di Cavaquinho, um luxo na ópera sem ária.

 

Di, o rei do pedaço, morrera atravessado por balas de aço.

Balas perdidas, como os dias de risos contidos,  sem  um palhaço!

 

Godila - 23:52 - 06/02/2012
 
 
 
Assim sou...



Sou a gota de chuva
que escorre pelos olhos
da vidraça nublada,

 

 
Sou a última orvalhada
que escorrega pela flor
e umidifica o chão...

 

 
Sou o extenso rio,
que corre sob o deserto
e que alimentará um lago...

 

 
Sou a água leve e benta,
que junto com o sal,
batizará a alma decidida!

 

 
Sou a água cristalina,
que verte cheia de Luz
pelo Pai abençoada...

 

 
Sou Tudo e não sou nada,
na ilusão terrena que se vive,
sou apenas eu sem ti ou alguém!

 

 
Sou a fênix ou a pomba branca
que a Paz dissemina por aqui,
sou o cósmico que permeia o devasso.

 

 
Sou tua irmã que busca,
tua alma encantada por magia
e a afaga com doçura...

 

 
Sou o ventre que te embala,
na mãe que a Terra reveste,
que esconde no amianto deste chão.

 

 
Sou tudo o que quiserem teus sonhos,
menos triste realidade como ilusão,
sou tua estrada ou, por certo, não sou nada.


Godila - 07:20 - 02/02/2012